Direitos Humanos

Prémio Nobel da Paz abre Observatório (OIDH)

Atendendo ao amável convite de Luís Eduardo Afonso Andrade, Director do Observatório Internacional de Direitos Humanos, com sede na Cidade de Coimbra, Portugal, venho dar todo o meu apoio à criação e existência desta Instituição. De facto, quando falamos dos Direitos Humanos, falamos, da pessoa humana. Porque os direitos humanos são direitos que dizem respeito a cada indivíduo enquanto ser humano; não dependem da raça, religião, da língua, da proveniência geográfica, da idade ou do sexo. São direitos fundamentais, universais, invioláveis e inalienáveis. Os direitos humanos são aqueles inerentes à natureza da pessoa humana, anteriores e superiores aos ordenamentos políticos e jurídicos de qualquer Estado, e que são reconhecidos na actualidade pelos regimes democráticos.

A existência do Observatório Internacional dos Direitos Humanos vai certamente ajudar-nos a tomar consciência de que o pleno respeito pelos direitos humanos é, antes de tudo, uma responsabilidade nossa. Temos de defender e proteger os direitos humanos.

Mas, quando se fala dos Direitos, devemos incluir também os direitos dos povos e das nações. O direito internacional baseia-se no princípio de igual respeito, por parte dos estados, do direito à autodeterminação de cada povo e da sua livre cooperação em vista ao bem comum superior da humanidade.

A existência de um Observatório Internacional de Direitos Humanos ajudar-nos-á a trabalhar pela educação para os direitos humanos e por uma cultura de respeito, de tolerância, de fraternidade e de cidadania universal.

Faço votos de que esta benemérita Instituição seja apoiada por todos os homens de boa vontade e pelas instituições de solidariedade.

Porto, 5 de Dezembro de 2010.

Dom Carlos Filipe Ximenes Belo
Administrador Apostólico de Dili (Timor –Leste)
Prémio Nobel da Paz de 1996.

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